Você já se perguntou o que é IOF quando olhou sua fatura de cartão de crédito ou fez um resgate antecipado de investimentos? Este imposto está presente em diversas operações financeiras do nosso dia a dia pessoal e corporativo, desde compras de moedas estrangeiras até transações com títulos financeiros.
Criado em 1966, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) vem sendo muito comentado nos últimos meses, devido às novas propostas de aumento apresentadas pelo governo brasileiro que foram recentemente revogadas.
Neste guia completo, vamos explicar:
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi criado pela Lei 5.143 em 1966, substituindo o antigo Imposto sobre Transferência para o Exterior. Inicialmente, este tributo incidia apenas sobre transferências financeiras nacionais e internacionais, mas na década de 80 teve seu escopo ampliado, passando a abranger também operações de crédito, câmbio, seguros, títulos e valores mobiliários.
Na prática, o IOF é um tributo federal obrigatório que pode ser pago tanto por pessoas físicas quanto jurídicas. Além de ser uma importante fonte de arrecadação para o governo, ele funciona como um instrumento de regulação da política econômica. Por isso, diferentemente de outros impostos que exigem aprovação do Congresso, o IOF pode ser alterado por decisão do Executivo e entra em vigor imediatamente.
O IOF incide sobre várias operações específicas, tais como:
Um exemplo claro de como o governo usa o IOF para regular a economia está nas aplicações financeiras: a alíquota diminui progressivamente até zerar no 30º dia, desestimulando a "ciranda financeira" entre investimentos. Durante períodos inflacionários, este mecanismo foi crucial para estabilizar o mercado quando pessoas aplicavam e resgatavam dinheiro em questão de horas para aproveitar as variações.
Muitos confundem IOF com juros, mas são conceitos distintos. Enquanto os juros representam a remuneração pelo empréstimo de dinheiro e podem ser negociados entre as partes, o IOF é um imposto obrigatório com taxas fixas definidas pelo governo. Por exemplo, ao usar o cheque especial, você paga juros ao banco e também o IOF, que será repassado aos cofres públicos.
Portanto, o IOF atua como um "termômetro" da economia brasileira. Quando sua arrecadação está alta, significa que mais operações financeiras estão ocorrendo no país, permitindo ao governo melhor compreensão do cenário econômico e ajustes nas políticas fiscais quando necessário.
No cotidiano financeiro de pessoas e empresas, o IOF está presente em diversas operações. Recentemente houveram muitas propostas e discussões entre o governo e o congresso brasileiro, que fizeram com que as aliquotas mudassem algumas vezes em um curto espaço de tempo. Conhecer onde este imposto incide e qual é a atual alíquota é fundamental para planejar melhor suas finanças.
Nas operações de crédito, o IOF é cobrado em empréstimos e financiamentos com alíquota de 0,38% sobre o valor total, acrescido de 0,0082% por dia conforme o prazo de pagamento. No entanto, financiamentos de imóveis residenciais são isentos deste imposto. Ao utilizar o cheque especial ou o crédito rotativo do cartão, também há cobrança de 0,38% sobre o valor, mais 0,0082% diários até a quitação da dívida.
Para compras internacionais com cartão de crédito, a alíquota atual é de 3,38% sobre o valor total da transação. Anteriormente, era de 4,38%, mas foi reduzida como parte de um plano para zerar esta taxa até 2028. Na compra de moeda estrangeira em espécie, a alíquota atual é de 1,1%.
Em relação aos investimentos, o IOF incide sobre resgates realizados antes de 30 dias da aplicação. A alíquota começa em 96% no primeiro dia e diminui progressivamente até zerar no 30º dia. Estão sujeitos a esta tributação: CDBs, Títulos do Tesouro Direto, Letras de Câmbio, Fundos DI e fundos de curto prazo. Investimentos como LCI, LCA e poupança não possuem cobrança de IOF.
No setor de seguros, o imposto varia conforme o tipo. Para seguro de vida, a alíquota é de 0,38% sobre o prêmio. Já nos seguros de automóveis, o valor sobe para 7,38%. Em seguros de saúde privados, a alíquota é de 2,38%.
Calcular o IOF é mais simples do que parece e conhecer essas fórmulas pode ajudar você a economizar. O cálculo básico consiste em multiplicar o valor da operação pela alíquota correspondente ao tipo de transação financeira.
Para compras internacionais com cartão de crédito, a alíquota atual é de 3,38%. Assim, uma compra de R$ 2.000,00 resultará em R$ 67,60 de IOF (R$ 2.000,00 × 0,0338 = R$ 67,60). Esta taxa vem diminuindo gradualmente e chegará a zero em 2028, seguindo este cronograma: 2,38% em 2026, 1,38% em 2027 e 0% em 2028.
No cartão de crédito com pagamento em atraso ou valor mínimo, a alíquota é composta por 0,38% fixo mais 0,0082% ao dia. Portanto, se você deixar R$ 2.000,00 em aberto por 5 dias, pagará aproximadamente R$ 7,60 de IOF fixo (R$ 2.000,00 × 0,0038) e R$ 0,82 diários, totalizando R$ 11,70.
Quanto aos investimentos, o IOF incide apenas em resgates antes de 30 dias, com alíquotas regressivas que variam de 96% (1º dia) até 0% (30º dia) sobre os rendimentos.
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) impacta diretamente diversas movimentações realizadas por empresas, como empréstimos, câmbio, seguros e aplicações financeiras. Dependendo do tipo de operação e do momento em que ela é feita, o imposto pode representar um custo considerável, afetando a rentabilidade e o planejamento financeiro corporativo. Em empresas que realizam operações internacionais ou utilizam crédito com frequência, o IOF pode se tornar uma despesa recorrente relevante. Por isso, entender como o IOF incide nas diferentes operações é essencial para mitigar riscos e tomar decisões financeiras mais eficientes.
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No dia 25 de junho de 2025, o Congresso Nacional decidiu suspender os decretos 12.466/2025 e 12.467/2025, que previam o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Com a decisão, a alíquota do IOF para Pessoa Física volta aos valores anteriores à publicação dos decretos. Veja como ficam as principais operações:
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